domingo, 22 de novembro de 2009

ATO 25 DE NOVEMBRO: Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher

25 de novembro é o dia internacional de COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

Mulheres vem sofrendo a violência dos homens presentes em suas vidas (companheiros, pais, irmãos, filhos) há alguns séculos, e cotidianamente, muitas vezes em silêncio e culpadas por acontecer, ou muitas vezes sem saber reconhecer como uma violência e especialmente contra elas, por serem mulheres. Só recentemente e nos últimos anos, a agressividade social e individual contra nós está sendo nomeada e combatida, com o avanço dos movimentos sociais, feministas e de mulheres, muita coisa avançou no sentido de reconhecer como uma forma específica de privação dos direitos ao exercício da cidadania.

São 3 mulheres assassinadas por semana em Curitiba e Região Metropolitana, mães de família, trabalhadoras, jovens ou não, pelas mãos de seus maridos e companheiros. Segundo os dados do DataSus, a cada 4 minutos uma mulher é agredida no Brasil. Essas cenas estão acontecendo o tempo todo e agora, e muitas dessas violências acabam por ter um fim trágico, com a morte das mulheres que a sofrem.

A raíz dessa violência está na desigualdade de poder entre homens e mulheres, e numa forma de controle social exigida pela lógica própria ao sistema patriarcal.

O Coletivo de Ação Feminista de Curitiba estará realizando um ato nesse dia e convida a todas para participarem:

das 11:30 às 13:30 na Boca Maldita (rua XV).
das 17:30 às 19:30 na Praça Rui Barbosa.

Venha se somar à essa luta!!

mais informações: acaofeminista@gmail.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dor

Os motivos para a tristeza das mulheres não devem ser depreciados ou refutados, nem materialmente alterados por mudanças paulatinas nas circunstâncias econômicas e sociais. A tristeza da mulher deriva de sua impotência. Esta a torna vulnerável a toda uma série de infortúnios que a pressionam eternamente. Seu dever, ela aprende todos os dias em milhares de fontes, é atrair, isto é, ser julgada atraente por outros cujas reações não pode ditar. Ela confia em que basta ser uma pessoa simpática, uma boa garota, e descobre que isso não basta. Esforça-se com afinco, sai-se bem na escola, ganha fama de inteligente, e só os professores gostam dela. Convence-se de que não é linda, pelos padrões e estereótipos que se vêem em todos os lados. Mesmo que seja linda, não o será por muito tempo. Se tiver algum sucesso em atrair, quando a idade a marcar, está condenada a perder suas vitórias e permanecer provada delas. Hoje, as adolescentes já sentem que seu corpo amadurecendo é matronal demais e esperam rejeição. O fracasso da ligação com um par equivale ao fracasso em tudo. A mulher que nunca se acasalou deve sofrer. Se já, e foi abandonada, fica desolada. A manutenção do elo com um par muito frequentemente exige a obliteração gradual de seu eu individual. "Quero fazê-lo feliz", diz, sem saber que, se ele não é feliz, isso tem menos a ver com ela do que com qualquer dos outros fatores na vida dele. Se tenta tratar os homens como os homens tratam as mulheres, endurece-se e mancha a sua auto-imagem. Se não tem filhos, fica decepcionada; se tem, está sentenciada a longos períodos de isolamento em casa com aquele filho e ser a única responsável por quaisquer problemas que a criança possa enfrentar. Quando o filho cresce, ela não tem o direito de permanecer em contato intimo com ele e precisa sofrer essa perda. Se interrompe uma gravidez, também tem que aguentar o remorso e lutar. Talvez encontre satisfação no trabalho, se tiver muita sorte de ter um que valha a pena. Pobreza, trabalho maçante e solidão são razões válidas para a tristeza; além e abaixo, longe do alcance de todas elas, está o amor não correspondido. Amor do pai, do companheiro, do filho, todos para a vasta maioria das mulheres permanecem não correspondidos. Os entes queridos de uma mulher são o centro de sua vida; ela tem de aceitar ficar distante do centro da vida deles.

(...)

Por trinta anos tentamos dirigir o movimento feminista com base na raiva das mulheres, mas elas nunca se apresentaram em quantidades suficientes para imperlir-nos para a frente. Se pudermos encontrar meios de colher a energia da dor oceânica das mulheres, moveremos montanhas.


Quero ser a garota mais surpreendente
Amo-o tanto que o amor vira apenas ódio
Simulo com tanta realidade que fico além da simulação
Algum dia você vai sofrer como eu sofro
(Hole)


(G. Greer - A mulher inteira)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

[informes] Oficina de Auto-defesa feminista para mulheres (Wendo) dia 8 de novembro / exibição do filme STONEWALL dia 4



No domingo dia 8 de Novembro haverá oficina de iniciação ao Wendo – Autodefesa Feminista. Esta oficina é direcionada para mulheres a partir de 16 anos de idade, que têm interesse em conhecer técnicas básicas de defesa pessoal, através de uma perspectiva feminista.
Se desejarem, após esta oficina podem integrar o grupo de treino, no qual praticamos técnicas mais avançadas.
Inscrições: wendo.cwb@gmail.com
Telefones: 9638-9067ou 9679-4180
ATENÇÃO! AS VAGAS SÃO LIMITADAS!!

Se você se inscrever e não puder comparecer, favor avisar com 48 horas de antecedência para não tirar a vaga de outra mulher.
A colaboração com os custos da oficina é voluntária e a quantia fica a seu critério! Por favor, não deixe de vir se não puder contribuir!
Recomendamos o uso de roupas leves e confortáveis. Pedimos a todas que tragam seus canecos de casa, para evitarmos desperdício de copos plásticos.


Horário: das 16:00 às 18:00 h.

Tolerância máxima de 10 min.

Após, não será permitida a entrada.

Pedimos que chegue um pouco mais cedo para nos organizarmos.
LOCAL: C.E.U.C (Casa da Estudante Universitária de Curitiba)
Rua Gal. Carneiro 360, Alto da Glória, ao lado da Reitoria e prédio do DCE.
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O Wen-Do é uma autodefesa que surgiu no Canadá nos anos 60, feito por mulheres e para mulheres. Reúne técnicas fáceis para que possam ser usadas de forma efetiva, sem necessidade de força ou condicionamento físico.
Mas não se trata apenas disso; é uma prática que faz com que as mulheres reflitam sobre a violência de gênero em diversos aspectos (físicos, psicológicos, etc.) e, assim, aprendam a se prevenir e a se defender. É um espaço para o fortalecimento global das mulheres!
Sua Filosofia é que todas as pessoas têm o direito de viver uma vida livre de violência, ameaças e insultos – seja em situações extremas ou mesmo no dia-a-dia – pois isso não deveria “ser normal”. Assim, nossa meta é fazer do mundo um lugar seguro para uma mulher!
O Wen-Do é, acima de tudo, uma prática solidária!
Saiba mais em www.wendobrasil.com/wendocwb/






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[outros informes]




Dia 4 de novembro (esta Quarta-feira) venham assistir ao filme STONEWALL e conhecer o coletivo!


Vamos passar o filme no museu da UFPR da Santos Andrade - o MUSA - que conta a historia do bar Stonewall onde começou a desencadear a mais massiva luta LGBTT da história!!!


Hora: 19:00h

Local: Museu de artes UFPR

Trav. Alfredo Bufren, 1403 andar.


Dia 07 de novembro: Primeira reunião do coletivo de Sábado.

Para aqueles que não podem se reunir com a gente em dia de semana e querem participar, o coletivo se reunirá alem das quartas-feiras às 17:30 na reitoria, também dois sábados por mês.Esta primeira será no campus da federal do Botânico no Centro Academico de Fármacia (CAF) a partir das 16:00h.